Em outubro, o grafeno completou 20 anos desde que foi isolado pela primeira vez em um laboratório na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Nessas duas décadas, com o avanço das pesquisas e a busca por produção industrial mais sustentável, esse nanomaterial começou a ganhar destaque e passou a ser uma alternativa para diversos setores, entre eles o da construção civil.
O que torna o grafeno tão promissor são suas propriedades físicas, sendo um dos materiais de maior resistência específica já identificados no mundo, cerca de 200 vezes mais resistente que o aço, e ao mesmo tempo o material mais fino já descoberto, cerca de 1 milhão de vezes mais fino que um fio de cabelo. Além disso, este nanomaterial bidimensional, se destaca por ser impermeável, completamente maleável e flexível, com alta condutividade elétrica e térmica.
Com toda essa versatilidade, o uso do grafeno pode propiciar amplos ganhos de desempenho, eficiência e sustentabilidade na construção civil. Aproveitando esse cenário, a Gerdau Graphene, empresa de nanotecnologia pioneira em materiais avançados enriquecidos com grafeno para aplicações industriais, desenvolveu a linha NanoCONS, um portfólio de soluções com nanoplacas de grafeno voltadas para o mercado de construção civil. O primeiro produto é o W104, uma dispersão desse material à base de água que pode ser aplicada em matrizes cimentícias, como pastas de cimento, argamassas e concretos.
A linha NanoCONS utiliza as propriedades físicas deste nanomaterial em um portfólio composto por produtos que contribuem para a melhoria da trabalhabilidade, ganho de produtividade com aumentos de resistências iniciais, melhor desempenho em concretos de alta consistência, durabilidade e aumento da resistência mecânica. Além disso, a linha promove a sustentabilidade ao possibilitar a redução do consumo de outros materiais. Essas mudanças são resultado da interação do grafeno na microestrutura da matriz cimentícia, trazendo a nanotecnologia para argamassas e concretos.
A criação de uma linha de soluções com grafeno voltada para o setor de construção civil também reflete o momento de reaquecimento desse mercado no país. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aumentou a projeção de crescimento do setor para 2024, elevando a expectativa de 3% para 3,5%, índice acima das previsões anteriores e impulsionado pelo bom desempenho dos imóveis de padrão econômico, além das expectativas de crescimento robusto da economia em geral.
Portanto, o grafeno vem se consolidando como um material disruptivo, capaz de transformar indústrias inteiras graças às suas propriedades diferenciadas. No setor da construção civil, o desenvolvimento contínuo de novas soluções será fundamental para uma adoção cada vez maior de práticas que promovam não apenas a otimização dos processos construtivos, mas também contribuam para a preservação ambiental ao reduzir o consumo de materiais e prolongar a vida útil das edificações, inaugurando uma nova era de inovação e sustentabilidade na engenharia.
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