Produzida pelo C3 – O Clube da Construção Civil, a nova temporada do De Olho na Obra continua sua imersão nas obras de restauração e modernização da icônica Mercado Livre Arena Pacaembu.
Com o oferecimento da Concreserv, este segundo episódio da série explora o papel crucial do concreto na restauração de obras tombadas e os desafios que envolvem a modernização de uma edificação histórica.
Desafios de uma obra icônica
Entrevistado pela presidente do C3, Rodolfo Zagallo, o sócio-diretor da Concreserv, Marcelo Novais, compartilhou detalhes exclusivos sobra a parceria com a concessionária Allegra para desenvolvimento, produção e entrega de mais de 30.000m³ de concreto usinado em 35 tipos diferentes de traços.
A produção e fornecimento 24 horas através da usina do Limão, a maior da América Latina, foi essencial para acompanhar o ritmo intenso da obra, que operava também no turno da noite. A proximidade física com a obra, localizada a apenas 4 km de distância, foi outro fator que facilitou a execução ágil e eficiente dos serviços, permitindo concretagens noturnas e contribuindo para que os prazos apertados fossem cumpridos.
Além de garantir um alto desempenho, o concreto utilizado também foi um destaque em termos de sustentabilidade. Marcelo Novais ressaltou o fato de a empresa ter fornecido para a obra um traço com certificação internacional de até 20% a menos de emissões de carbono em comparação aos concretos convencionais.
A preocupação com a eficiência ambiental também veio a agregar com a proposta de certificar parte do complexo com selos LEED de sustentabilidade após a entrega do projeto.
Arquibancadas e a Complexidade da Preservação Histórica
Um dos pontos mais críticos da modernização foi a reconstrução das arquibancadas do estádio, onde a Concreserv desempenhou um papel essencial. Para as contenções do terreno, a empresa forneceu um concreto especial de alta resistência, atingindo 35 Mpa em apenas 72 horas, garantindo que as estruturas pudessem suportar a protensão dos tirantes logo em seguida.
Porém, o grande desafio foi na estética. Com a necessidade de recriar partes das estruturas originais, os arquitetos exigiram um concreto pigmentado com uma tonalidade específica para diferenciar os elementos novos dos históricos. Marcelo explicou que o processo envolveu uma série de experimentos no laboratório, utilizando brita rosada de Campinas e testando diferentes proporções de pigmentos. “Foram mais de 50 testes para chegarmos à cor exata. A gente brinca que criamos o primeiro concreto com 50 tons de marrons!”, diz ele, destacando o rigor técnico e a inovação envolvidos nessa etapa.
Uma Relação de Longa Data
Além de sua participação na obra de modernização, a Concreserv já tinha uma relação simbólica com o Pacaembu. O sócio-diretor relembrou uma ação de marketing realizada pela empresa em 2021, durante o período pós-pandemia, quando gravaram um vídeo institucional na Praça Charles Miller, em frente ao estádio. A ação reuniu mais de 380 equipamentos da Concreserv no local, demonstrando a força e a prontidão da empresa para enfrentar os desafios do mercado de construção pós-pandemia.
“Foi uma coincidência interessante, já que essa ação não tinha relação direta com a obra, mas acabou nos conectando ainda mais com o Pacaembu”, conta Marcelo.
O segundo episódio do De Olho na Obra – Mercado Livre Arena Pacaembu está imperdível! Assista agora mesmo e confira mais sobre essa jornada fascinante de modernização e preservação de um dos mais importantes símbolos de São Paulo!
