A Brookfield, associada ao C3, está negociando uma nova rodada de aquisição de empreendimentos da Luggo, o braço da MRV no setor. Esta estratégia funciona como uma porta de entrada para a Brookfield crescer no segmento de aluguel residencial no Brasil.
O pacote em discussão deve ser fechado nos próximos seis meses e tem um tamanho similar ao adquirido em dezembro do ano passado, que foi de 5,1 mil apartamentos pelo valor de R$ 1,26 bilhão.
O tipo de negociação com ganhos para ambos os lados, para a Luggo, serve como uma injeção financeira que ajuda a dar vazão a novos projetos na área e para a Brookfield assumir a liderança com 10 mil apartamentos prontos para locação.
Este é um mercado que o grupo canadense domina nos Estados Unidos, onde possui 55 mil residências. Por aqui, o setor ainda é pouco explorado, uma vez que quase todas as moradias de aluguel estão nas mãos de pessoas físicas.
Há, porém, cada vez mais empresas, fundos e startups entrando no ramo. É o caso da SKR (numa parceria entre Cyrela, CPP e Greystar), Vila 11, Plano&Plano, Yuca, Vitacon, JFL Realty, VBI, entre outras.
Na visão de Roberto Perroni, diretor da Brookfield e associado do clube, o mercado imobiliário para aluguel tem um potencial mhttps://www.greystar.com/
uito grande, considerando que comprar a casa própria está mais difícil diante das subidas do preço dos imóveis e das taxas de juros de financiamento.
Sem contar que os millennials preferem ter a “mochila leve”, isto é, preferem deixar o dinheiro livre para estudar e viajar em vez de imobilizar o capital na compra de um imóvel, argumenta.
A Brookfield passou a estudar o mercado de locação há quase quatro anos. A decisão foi de entrar no segmento destinado à classe média, com aluguéis de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil nas capitais e regiões metropolitanas. É aí que dá para obter escala, explica Perroni. Além disso, a maioria dos empreendedores que já estão no mercado se voltaram para o público de alta renda, com aluguéis de R$ 4 mil até R$ 15 mil.
Vamos acompanhando!