Uma das principais formas de você revitalizar uma área é promover a ocupação urbana do espaço.
Por conta disto o centro da cidade de São Paulo está em alta, sendo alvo de alguns fundos de investimentos e incorporadoras que visualizam ali uma oportunidade de se criar novos empreendimentos com foco em um público específico.
Importante compreender que o retrofit é uma forma de disponibilizar unidades com mais velocidade do que a construção tradicional, a partir da planta. Com as fachadas e a estrutura preservadas, as construções são requalificadas com aplicação de novos materiais, mudanças pontuais nas plantas e adequação aos novos padrões de segurança
Do ponto de vista do mercado financeiro temos a taxa de juros em um patamar mais baixo, reduzindo a rentabilidade de investimentos de renda fixa, trazendo novas oportunidades de investimento.
Se por um lado a questão de crédito para retrofit ainda não entrou no radar dos grandes bancos, os investidores entenderam que este é um novo oceano a ser navegado.
Exemplo disto é a gestora Mogno Capital que já havia investido na revitalização de áreas degradadas em Lisboa e ansiava pela oportunidade de investir centro de São Paulo, mas estava aguardando o momento certo.
Isso aconteceu com a pandemia, onde muitos prédios que já estavam trabalhando com uma alta taxa de vacância de seus andares ou totalmente vazios foram colocados à venda.
Além dos fundos de investimentos, o olhar das incorporadoras para este modelo de atuação também cresceu.
Exemplo disto é a Planta.Inc, uma incorporadora que já mapeou 86 empreendimentos na região que poderiam se valer desta oportunidade.
Com uma primeira inserção em um antigo prédio de 05 andares na região da Santa Cecília, o grupo já está realizando a reforma e adaptação de mais 03 imóveis na região, transformando em residenciais.
Destaque para o edifício Renata Sampaio Ferreira, localizado na região da República e projetado pelo arquiteto modernista Oswaldo Bratke (1907-1997).