Para o mercado da Construção Civil a notícia não foi novidade. A alta dos preços na construção civil é a maior em 28 anos. O número divulgado no último sábado em relatório apresentado pela FGV aponta um aumento de 38,66% nos últimos 12 meses e o principal vilão já é conhecido por todos: a questão do aço
Para se ter uma ideia deste impacto, em reais o aço subiu mais de 72,6% em 12 meses até maio e a tonelada do material já supera os R$ 5 mil no Brasil.
Vários fatores impactam esta questão, desde a retomada da economia na China e mais recentemente o pacote de incentivo à economia divulgado pelos Estados Unidos, com US$ 2,3 trilhões focado somente em investimentos de infraestrutura.
Além do aço, várias matérias-primas ligadas ao setor – como minério de ferro, alumínio e cobre – continuam com aumento de valor e cotadas em dólar, o que pode manter os preços em alta.
Para tentar amenizar o aumento de custos, o mercado se mobiliza buscando junto ao governo uma redução da alíquota de importação do aço, que poderia passar dos atuais 12% para 1%. Assim seria possível viabilizar as importações, o que poderia amenizar a alta dos preços.
Uma solução até que razoável visto que nos próximos meses teremos a questão dos dissídios da mão de obra, trazendo mais um fator de impacto para esta balança.
Outro ponto que vale destaque é o impacto causado diretamente no programa Casa Verde e Amarela, por conta do teto para o preço dos empreendimentos e assim as construtoras não conseguem repassar a elevação do custo para o consumidor.
Mais uma vez quem sai prejudicado são as classes mais baixas, pois o mercado com certeza acabará migrando para a produção de imóveis de padrões médio e alto.
Vamos acompanhando!