Atualmente a maior posição do fundo está no REITs do Empire State Building: para os gestores, é um case da reabertura da economia (Daniel Schwen/Wikimedia Commons)
Mesmo que a crise provocada pela pandemia tenha causado um impacto negativo sobre retornos e distribuição de dividendos de fundos imobiliários, especialmente em segmentos como o de hotéis e shoppings, eles atingiram a marca de 1 milhão de investidores neste ano. O momento de baixa no mercado cria diversas oportunidades e pode ser um ponto de entrada para os fundos.
Se a crise foi global, então por que não buscar essas oportunidades também no maior mercado financeiro do mundo, os Estados Unidos? É o que argumenta a gestora RBR, que, em parceria com a Vitreo, criou um fundo que investe majoritariamente em REITs (real estate investment trusts). São aplicações que se assemelham aos fundos imobiliários brasileiros, mas com diferenças importantes, apesar de os ativos serem os mesmos.
A primeira diferença é que enquanto os fundos imobiliários nacionais precisam, por lei, distribuir ao menos 95% dos lucros, nos REITs é necessário distribuir 90%. Além disso, os REITs têm estrutura de capital semelhante à de ações. Não são apenas condomínios de investidores mas empresas de properties.
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REITs têm estrutura de negócios, como área de marketing, produtos e até conselho de administração. Os gestores da empresa recebem salários e há uma exigência de governança similar à de empresas listadas nas bolsas.
Outra característica importante é que cerca os REITs operam alavancados: em média, as estruturas carregam 50% de alavancagem. Ou seja, são mais arriscados do que os fundos imobiliários e tendem a sofrer mais em momentos de crise. O mercado de REITs é relevante: o valor total das cerca de 516 mil propriedades que compõem o mercado é equivalente a 2 trilhões de dólares.
Fonte: Exame Invest