Materias estão mais caros no momento em que o setor esperava uma retomada, o que põe contratos em risco, preços disparando na construção civil.
O preço do material de construção disparou. Empresários do setor – à frente de construtoras e concreteiras, por exemplo – apontam altas abusivas praticadas por seus fornecedores. No momento em que o segmento esperava uma retomada significativa dos negócios, os custos inesperados de produção inviabilizam contratos.
Pesquisa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) aponta que os materiais estão mais caros em todo o Brasil. O cimento e o aço, por exemplo, sofreram reajuste médio de 10% na própria indústria.
Mas empreendedores citam situações absurdas, como no caso dos fios e cabos, que dobraram de preço em agosto, depois de cinco meses de estabilidade.
De acordo com dirigentes do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção), o aumento de preços surpreendeu o segmento, que não parou de produzir. Na visão deles, não é o momento para haver aumento de preço, ainda mais com porcentuais acima da inflação.
O setor da construção, dizem, vem demostrando sinal de recuperação e é fundamental que toda a cadeia, incluindo o setor de materiais de construção, colabore para a manutenção dessa recuperação e do aumento do emprego e da renda.
Do milheiro de tijolos ao material hidráulico, dos pisos aos blocos, houve reajustes em todos os segmentos.
O empresário Rodrigo Gallo Lourenço, por exemplo, que há uma década mantém uma construtora em Americana, explica que há o efeito da lei de oferta e procura. Quando a pandemia começou, houve uma queda no número de empreendimentos e o segmento optou por não manter estoques enormes. Agora, quando todo mundo opta por retomar as obras, a procura é enorme e falta produto no mercado.
Mas, na opinião dele, existe abuso sim, seja na própria indústria ou nas revendas. O drama, no caso, é que a construtora não pode repassar os aumentos aos contratos com o consumidor final. “Se já havia inadimplência durante a pandemia, naturalmente o cidadão não pode assimilar reajuste nas parcelas”, diz
E ele, pessoalmente, faz projeções preocupantes. O setor da construção civil é importante e tem reflexo imediato em toda a economia. A prática de preços abusivos, diz, é inoportuna porque o Brasil pode deixar escapar a sonhada retomada do crescimento.
Aumento preocupante
O preço do material de construção disparou. Empresários do setor – à frente de construtoras e concreteiras, por exemplo – apontam altas abusivas praticadas por seus fornecedores. No momento em que o segmento esperava uma retomada significativa dos negócios, os custos inesperados de produção inviabilizam contratos.
Pesquisa da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) aponta que os materiais estão mais caros em todo o Brasil. O cimento e o aço, por exemplo, sofreram reajuste médio de 10% na própria indústria.
Mas empreendedores citam situações absurdas, como no caso dos fios e cabos, que dobraram de preço em agosto, depois de cinco meses de estabilidade.
De acordo com dirigentes do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção), o aumento de preços surpreendeu o segmento, que não parou de produzir. Na visão deles, não é o momento para haver aumento de preço, ainda mais com porcentuais acima da inflação.
O setor da construção, dizem, vem demostrando sinal de recuperação e é fundamental que toda a cadeia, incluindo o setor de materiais de construção, colabore para a manutenção dessa recuperação e do aumento do emprego e da renda.
Do milheiro de tijolos ao material hidráulico, dos pisos aos blocos, houve reajustes em todos os segmentos.
O empresário Rodrigo Gallo Lourenço, por exemplo, que há uma década mantém uma construtora em Americana, explica que há o efeito da lei de oferta e procura. Quando a pandemia começou, houve uma queda no número de empreendimentos e o segmento optou por não manter estoques enormes. Agora, quando todo mundo opta por retomar as obras, a procura é enorme e falta produto no mercado.
Mas, na opinião dele, existe abuso sim, seja na própria indústria ou nas revendas. O drama, no caso, é que a construtora não pode repassar os aumentos aos contratos com o consumidor final. “Se já havia inadimplência durante a pandemia, naturalmente o cidadão não pode assimilar reajuste nas parcelas”, diz Rodrigo Gallo Lourenço.
E ele, pessoalmente, faz projeções preocupantes. O setor da construção civil é importante e tem reflexo imediato em toda a economia. A prática de preços abusivos, diz, é inoportuna porque o Brasil pode deixar escapar a sonhada retomada do crescimento.