Durante a pandemia, moradores buscam mais conforto longe dos grandes centros durante o isolamento social, gerando impactos e acelerou tendência já observada pelos especialistas no mercado imobiliário.
A pandemia de coronavírus acelerou o fluxo de migração da capital para o interior paulista, o que gera impactos no mercado imobiliário. A tendência observada é que, em um período de isolamento social, muitas pessoas têm buscado uma vida longe dos grandes centros.
O corretor de imóveis Gustavo Ceriliane percebeu essa tendência. De acordo com ele, a demanda por moradias na região de Botucatu aumentou cerca de 40% nos últimos meses, e a maioria dos clientes vieram da região metropolitana de São Paulo ou da capital.
Quem integra essa estatística é o empresário Gustavo Godoy Lopes, que se mudou recentemente de São Paulo para Botucatu com a família, buscando a maior qualidade de vida das cidades menores.
“Como a minha origem é do interior, eu fui para São Paulo há anos. A gente sempre teve vontade de voltar para o interior, mas a questão da pandemia fez com que a gente revisse alguns valores”, admite o empresário
Pandemia impulsionou a busca por imóveis no interior. Créditos: Denny Cesare/Código 19.
O vice-presidente do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo, Frederico Marcondes César, tem dados que revelam esse crescimento no interior paulista nos últimos anos.
Em 40 anos, a população fora da capital saltou de 16,4 milhões de habitantes para 32 milhões, um aumento de quase 97%. Segundo ele, o número de domicílios em 25 anos mais que dobrou e são mais de 11 milhões de casas espalhadas pelo interior.
“Em 25 anos, o interior paulista produziu 5,5 milhões de domicílios, que é o número da cidade de São Paulo. Neste mesmo período, em São Paulo, foi produzido 1,3 milhões de domicílios. Ou seja, o interior paulista construiu uma capital paulista no interior”, explica o vice-presidente.
Para o presidente do sindicato, são muitos os motivos que levam as pessoas a buscarem cidades mais tranquilas para morar: o custo de vida mais barato, segurança, acesso a rodovias importantes, portos e aeroportos, e as indústrias, que são incentivadas pelas prefeituras municipais e geram empregos.
A pandemia de COVID-19, também conhecida como pandemia de coronavírus, é uma pandemia em curso de Covid-19, uma doença respiratória causada pelo coronavírus na síndrome respiratória aguda grave2 (SARS-CoV-2). O vírus tem origem zoonótica e o primeiro caso conhecido da doença remonta a dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Em 20 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o surto como Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional e, em 11 de março de 2020, como pandemia. Em 8 de junho de 2021, 173 533 746 casos foram confirmados em 192 países e territórios, com 3 734 475 mortes atribuídas à doença, tornando-se uma das pandemias mais mortais da história.
Os sintomas de COVID-19 são altamente variáveis, variando de nenhum a doenças com risco de morte. O vírus se espalha principalmente pelo ar quando as pessoas estão perto umas das outras. Ele deixa uma pessoa infectada quando ela respira , tosse, espirra ou fala e entra em outra pessoa pela boca, nariz ou olhos. Ele também pode se espalhar através de superfícies contaminadas. As pessoas permanecem contagiosas por até duas semanas e podem espalhar o vírus mesmo se forem assintomáticas.
Fonte: G1.