Em maio, as contratações caíram 48% em relação ao mesmo mês de 2019, mas subiram 14% na comparação com abril. O Ministério da Economia divulgou essa semana dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O crescimento se deu em todos os setores, com destaque para a construção, que teve um aumento de 41,5%. Na sequência vêm agricultura, com 28% de aumento, e comércio, com 20,7% de aumento.
Na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, os resultados são um reflexo do trabalho que vem sendo realizado desde o início da pandemia para mitigar os impactos no setor. “A construção foi o setor que mais admitiu em maio, em números percentuais. Isso mostra que dando direção e confiança, como foi feito, nós trazemos resultados”, explica.
José Carlos Martins, presidente (CBIC). Créditos: CBIC.
De janeiro a maio, o saldo de vagas na construção é negativo em 44.647, enquanto o saldo na indústria é negativo em 236.410 e em serviços é negativo em 442.580. Entre os grandes setores, a construção civil obteve o segundo melhor resultado, ficando atrás apenas da agropecuária, que apresentou saldo positivo de 25.430 vagas de janeiro a maio.
CAGED
O CAGED também é utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego foi criado pelo Governo Federal, através da Lei nº 4.923/65, que instituiu o registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Este Cadastro Geral serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.
O CAGED também informa, mensalmente, a movimentação do emprego assalariado celetista. Descreve, portanto, uma parcela do total de pessoas que trabalham. Em relação a esta parcela, sua cobertura é expressiva: abrange todo o território nacional; permite desagregar os dados por regiões, mesorregiões, microrregiões, Unidades da Federação e Municípios; e cobre cerca de 85% do universo destes empregados, percentual que se eleva em algumas regiões e setores econômicos.
Fonte: Agência CBIC