Os fundos imobiliários foram introduzidos no Brasil em 1993 através da criação da Lei 8668/93.
Em 2004, a Lei 11.033 proporcionou a isenção de impostos de renda sobre os rendimentos de vários instrumentos, tais como: CRIs, LCIs e LHs.
Perda de atratividade está ligada a home office para conter covid-19(pandemia).
Segundo um levantamento realizado pela plataforma de busca de investimentos Yubb, entre os fundos imobiliários que compõem o IFIX, um índice da bolsa brasileira que reúne os maiores FIIs do país, aquele com pior desempenho no acumulado de 2020 (até 20 de maio) foi o TRX Edifícios Corporativos, cuja quota perdeu 62,21% de seu valor.
Os fundos de investimentos imobiliários (FII) acumulam quedas expressivas em 2020, de até 62%, no embalo da propagação da pandemia do novo coronavírus, que reduz as expectativas de valorização dos imóveis.
A pesquisa joga luz sobre outras características, como a predominância, no ranking dos 20 piores, de fundos que investem em imóveis para uso empresarial.
“Isso é muito representativo. Esse setor sempre foi um dos favoritos dos brasileiros que gostam de investir em fundos imobiliários, afinal, grandes empresas alugando grandes prédios para trabalhar é ótimo negócio. Mas não agora, com o coronavírus”, explica Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb.
Segundo o executivo, essa perda de atratividade está ligada à instituição do home office por grande parte das empresas, em um contexto de isolamento social para conter a propagação da covid-19.
“Agora, muitas instituições estão prorrogando o home office até 2021, ou mesmo fechando escritórios e aplicando essa estrutura de trabalho permanentemente. São situações que podem afetar ainda mais o setor”, ele completa.
Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb. Créditos: Divulgação.
Outro subsetor que se destaca entre os 20 piores FIIs de 2020 é o de shopping centers, representado no ranking com cinco fundos. “Esses FIIs possuem participação na receita dos imóveis, ou seja, se os lojistas vendem, os fundos também ganham. Com os estabelecimentos fechados, não há vendas e, consequentemente, não há ganhos”, pondera Pascowitch.
Na mesma linha, o mercado de fundos imobiliários que aplicam em hotéis também demonstra vulnerabilidades – está representado no ranking pelo fundo Hotel Maxinvest, que caiu 43,85% no ano, o quinto pior desempenho.
Para o fundador do Yubb, essa situação não deve se normalizar imediatamente após a reabertura. “O turismo parou. Ninguém viaja ou se hospeda, e os hotéis sofrem. Mesmo com o afrouxamento do isolamento social, o turismo ainda vai demorar muito para voltar ao normal, sendo um dos últimos setores a se recuperar”, afirma.
Créditos: Yubb.
Protocolo de reabertura em SP
Shoppings da cidade de São Paulo se adequam a protocolos para a reabertura. Créditos: Divulgação.
Na última semana, o comitê de contingência do coronavírus, criado pelo governo do estado de São Paulo, apresentou o primeiro plano de flexibilização do isolamento social, realizando uma divisão do estado em 18 áreas, nas quais a reabertura será avaliada de acordo com alguns critérios, como número de casos e a capacidade de leitos de UTI em cada uma das regiões determinadas. A capital paulista, dentro da divisão, foi enquadrada na fase 2 de flexibilização, que prevê a abertura de escritórios, imobiliárias, concessionárias, comércios e shopping centers.
Muitas entidades do setor comercial têm a expectativa de que será possível entrar em funcionamento até o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, de forma a aquecer a movimentação econômica nesse período, pois, apesar de contarem com recursos de segurança, estacionamento e estrutura para higiene e alimentação para os clientes, os comerciantes que têm lojas em shoppings arcam com altos custos relacionados a aluguel, condomínio, propaganda e outros gastos determinantes para o funcionamento das atividades comerciais.
Mesmo após a determinação de relaxamento do isolamento social e reabertura de tais centros de comércio, muitos donos de estabelecimentos comerciais não se encontram em condições para retomar o atendimento aos clientes, uma vez que aluguéis, impostos e salários atrasados impossibilitam o funcionamento dos negócios.
Fonte: Site Valor Investe/ Beatriz Candido Di Paolo
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Sds.