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4 falhas comuns em instalações elétricas prediais

instalações elétricas

Erros ou falhas de projeto e de execução colocam em risco a funcionalidade e a segurança das instalações elétricas. Saiba como evitá-los.

Em edificações residenciais e comerciais, as instalações elétricas são compostas por uma série de elementos, como quadros e circuitos de distribuição, dispositivos de comando (interruptores), força (tomadas), e proteção (disjuntores). Cada um destes componentes deve ser cuidadosamente dimensionado. Do contrário, uma série de problemas podem ocorrer, ameaçando o funcionamento da instalação e a segurança dos usuários.

Na maior parte das vezes, as falhas ocorrem durante a elaboração de projetos. “São anomalias resultantes de falta de qualificação e experiência do projetista, de erro de cálculo ou de negligência na hora de especificar os materiais elétricos”, comenta o engenheiro eletricista Paulo Barreto, coordenador da divisão de instalações elétricas do Instituto de Engenharia. Ele conta que também há falhas de execução, geralmente “fruto de mão de obra não capacitada e da busca insana por redução de custos”.

Confira a seguir seis falhas muito comuns, e graves, em instalações elétricas prediais.

1) Problemas no aterramento

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 SPDA, sistema destinado à proteção das edificações industriais, comerciais ou residenciais contra descargas atmosféricas. Créditos: Divulgação.

Muitas vezes negligenciado por usuários e construtores, o sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) deve ser dimensionado de acordo com a ABNT NBR 5419 – Proteção contra descargas atmosféricas. A norma prevê a utilização de três métodos para isso: franklin (exclusivo para construções de pequeno porte), gaiola de faraday e esfera rolante (ou eletrogeométrico). A falta de aterramento pode implicar em queima de equipamentos, danos à edificação e choques elétricos.

“Mas o SPDA, isoladamente, é insuficiente para proteger os equipamentos eletroeletrônicos de um imóvel. Também é necessário considerar elementos de proteção interna como DPS (dispositivo de proteção contra surtos) adequados aos parâmetros específicos de cada equipamento”, diz o engenheiro eletricista Sérgio Levin, vice-coordenador da Câmara de Inspeção Predial do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape/SP).

2) Uso de materiais elétricos com baixa qualidade

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 Componentes de instalação de baixa qualidade causam transtornos no pós obra. Créditos: Divulgação.

Isso ocorre, principalmente, quando leva-se em consideração apenas o preço, sem se atentar aos requisitos de qualidade na hora de adquirir os componentes da instalação. Uma falha grave que se enquadra nessa categoria é o uso de mangueiras ou tubos de água no lugar de eletrodutos. Essa substituição pode resultar na obstrução da passagem de cabos e na quebra do condutor, sobretudo em instalações embutidas na laje ou enterradas.

3) Conexões mal feitas

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Créditos: Divulgação.

Relacionado ao uso de mão de obra não especializada, a realização de ligações mal feitas é um perigo para a instalação e pode gerar perda de energia. “Emendas, derivações entre condutores, além de conexões entre metais de diferentes características devem ser feitas por meio de técnicas específicas, com uso de conectores específicos. Caso contrário, pode resultar em derretimento da isolação dos cabos, incêndios ou corrosão”, alerta Paulo Barreto.

4) Aumento de carga sem redimensionamento

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Créditos: Divulgação.

Muito comum em instalações antigas, o aumento de carga sem a devida verificação técnica pode resultar em mau funcionamento dos equipamentos por excesso de queda de tensão e danos à isolação dos cabos. Essa é, também, uma das principais causas dos incêndios de origem elétrica.

Não custa lembrar que o aumento da carga de uma instalação deve ser acompanhado sempre de uma revisão cuidadosa que identifique eventual incompatibilidade entre os componentes da instalação e as novas demandas de consumo.

Fonte: AecWeb.

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