Negócios

Ergonomia confere bem-estar aos espaços de trabalho

Imagens: Divulgação_Space Plan

Em geral associada aos ambientes corporativos, a palavra ergonomia advém dos termos gregos ergon (trabalho) e nomos (normas). Para além da etimologia, representa um conjunto de normas e processos que cuidam da saúde e bem-estar das pessoas em suas interações com espaços físicos e equipamentos. Seu objetivo é reduzir desconfortos, fadiga e prevenir lesões; especialmente no ambiente de trabalho. 

“A ergonomia deve ser princípio básico ao desenvolvimento dos projetos arquitetônicos, sobretudo de interiores, tendo em vista que proporciona aos usuários ambientes com dimensões adequadas ao seu uso”, enfatiza o arquiteto Edmur Yorikawa, responsável pela criação da Space Plan, escritório especializado em projetos corporativos. Ele explica que os problemas de origem ergonômica, muitas vezes, são difíceis de serem detectados. É quando a pessoa passa a não se sentir confortável dentro do escritório, se sentindo cansada e rendendo menos, que o problema se evidencia. 

Imagens: Divulgação_Space Plan

Além do layout, o conceito de ergonomia diz respeito ao conforto termoacústico, que também impacta no dia a dia num espaço, bem como à especificação e disposição do mobiliário nos ambientes, altura correta e uso de materiais apropriados. Existem normas brasileiras e internacionais que norteiam essas proporções, como a ABNT NBR13966, cujo conteúdo se direciona ao dimensionamento das mesas em escritórios. “Os assentos, por exemplo, devem ser adquiridos de fornecedores confiáveis, isto é, que proporcionem qualidade ao usuário. Cabe ao projetista atentar-se à compatibilidade dos itens, evitando que seu uso ocasione problemas de saúde por postura”, recomenda Yorikawa.

 

Estética e funcionalidade 

Um escritório ergonômico proporciona não apenas conforto físico, mas reduz o estresse e previne lesões ocupacionais, aumentando assim a produtividade e a qualidade de vida dos colaboradores. Contudo, antes do início de qualquer projeto, deve-se levar em consideração o perfil dos profissionais usuários do ambiente. Mesmo os requisitos mínimos de ergonomia sendo direcionados por normas, como altura ideal de mesas e assentos, outras especificidades podem exigir ajustes.

Imagens: Divulgação_Space Plan

“A estação de trabalho pensada para um designer, que necessita de duas telas, manuseia materiais impressos e desenha em grandes pranchas, deve ser maior do que a de um colaborador cuja totalidade de suas funções se resume ao notebook e celular”, compara o arquiteto. 

Para todo elemento de projeto é válida a lógica das proporções e funcionalidade, que pode convergir ou divergir da estética. “Muitas vezes, temos de renunciar a uma escolha estética para atender à funcionalidade. Cabe ao arquiteto avaliar as melhores soluções para o projeto, mas considerando que a percepção estética é subjetiva, enquanto a funcionalidade é um propósito e pode impactar positivamente ou não na ergonomia e no uso de determinado elemento”, conclui Edmur Yorikawa. 

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